abaixo uma sintese de conteudo, ideias e um videozinho bacana pra quem quer refletir um pouco...
O Documentário “a ilha das flores”
é uma clássica exposição, não de questões ambientas e sim da política (ou
biopolítica) instalada naquela realidade; os problemas de saúde expostos ali
refletem o total descaso de um sistema com aquela população, que com fome se
obriga a viver em condições péssimas. Sintetizar as idéias do filme com os
textos foi muito bom visto que a Rio +20 foi recente e tivemos a participação
de alguns sanitaristas (colegas nossos) lá, reconhecendo esse espaço como sendo
também de nós responsabilidade e assumindo tal, propondo melhorias.
Aí
já fica a marca dessa participação nos! Mas fomos além, trouxe o documentário
“A história das coisas” que alem de mostrar o caos que o consumismo causa a
natureza mostra a desgraça que ele trás para as pessoas, alienando, corrompendo
e iludindo. Para mim este documentário é chocante, pois os dados apresentados
me fazem querer “virar a mesa”, fazer a revolução em 1 segundo, mas me dou
conta que a maioria não esta disposta a abdicar de um estilo de vida patético,
assassino da produção da vida... então semeamos, como feito aqui...
Tentei
justificar muito do que fiz pela biopolitica, pela lógica de controle da vida
que muitas vezes não percebemos sua amplitude. Os textos oferecidos
fundamentaram que o meio ambiente é responsabilidade do sanitarista, que
precisamos tomar este partido, porém toda vez que via escrevendo algo vinha à
ansiedade de mostrar, ou de tentar refletir sobre a biolítica...
Deixando
um pouco Foucault de lado, entramos no segundo modulo, por onde pouco pude
transitar (por toda uma questão pessoal vivida no período), mas acompanhei as
propostas de construção dos indicadores para a situação da ilha das flores.
Achei muito bom os olhares qualitativos e quantitativos discutidos ali, com
preocupação do que é importante para aquele grupo, quais os significados e
subjetividades ali presentes, como acessar e fazer reais mudanças com aquele
grupo.
As
propostas foram profundas e bem discutidas, trazendo a importância, por
exemplo, das ONGs e retomando as estratégias políticas ali instaladas. Os
fatores eram gritantes e preocupantes, alguns de nos (já formados) trouxeram
seu olhar e sua proposta de inserção (ou de ação) para aquela situação o que
permite aprofundar nossa capacidade interdisciplinar, que sem sombra de duvida
é a melhor forma de conseguir melhorias para os moradores da ilha das flores.
Depois
fomos refletir a iniciativas de enfrentamento nas universidades, na sociedade
civil organizada e no Estado. Mais uma vez a reflexão profunda revela a
preocupação com negligencia que nossas políticas permitem... Com exemplos da
sociedade civil organizada nos permitiram ver que é possível agir e que nem
sempre o Estado é quem oferece a opção que a população quer e necessita. O
debate na universidade revelou que ainda são enormes as barreiras que separam a
universidade da realidade e que isso prejudica não só a formação dos
graduandos, mas prejudica toda uma população que poderia sim se beneficiar com
bons projetos na universidade... infelizmente o muro ainda é alto e poucos
transpassam ele e conseguem enxergar o que existe neste “extra muros”....
A
discussão feita na palestra pouco nos acessou para contribuir nessa discussão,
mas foi muito bom ver pessoas de outras áreas discutindo nossa temática, achei
o prof. Glauco muito pertinente em sua fala e sua defesa dos alimentos
orgânicos abriu uma forte reflexão sobre o que consumimos e porque
consumimos... para mim, que me incomodo com isso há muito tempo ver o despertar
da curiosidade, e o choque dos colegas foi muito interessante e novamente abre
uma porta para o Sanitarista discutir, refletir e lutar!
Sintetizando tudo: tivemos uma experiência
impar esse semestre, capaz de abrir espaços para reflexões para futuros
trabalhadores da saúde e também para cidadãos preocupados com o meio ambiente e
com a saúde de toda uma população... Ver essa mudança, nas discussões, foi bem
valoroso, estar presente nas atividades integradoras mostrou que toda uma
graduação consegue sim, independente do semestre, refletir sobre uma proposta
com profundidade e com anseios de aprendizagem e transformação.
Me
sinto muito contemplado com essa proposta aberta que tivemos, onde pude
apresentar um documentário que há muito
me acompanha e que sempre quis mostrar para meus colegas...obrigado pelo
espaço, pela acolhida e por permitir a semeadura de novos ideais, de defesa
pela terra, pela natureza e pela vida!
Um grande salve a Saúde Coletiva, em defesa não
só do SUS, mas de toda a vida existente!
ai vai o vídeo:
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