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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Saúde COletiva: em defesa do meio ambiente!

Esse semestre tivemos na disciplina EAD uma oportunidade de refletir o papel do Sanitarista em defesa do meio ambiente..o resultado foi muito produtivo vendo videos, lendo, discutindo e intervindo, espero que tenhamos conseguido plantar sementes de mudança..

abaixo uma sintese de conteudo, ideias e um videozinho bacana pra quem quer refletir um pouco...

O Documentário “a ilha das flores” é uma clássica exposição, não de questões ambientas e sim da política (ou biopolítica) instalada naquela realidade; os problemas de saúde expostos ali refletem o total descaso de um sistema com aquela população, que com fome se obriga a viver em condições péssimas. Sintetizar as idéias do filme com os textos foi muito bom visto que a Rio +20 foi recente e tivemos a participação de alguns sanitaristas (colegas nossos) lá, reconhecendo esse espaço como sendo também de nós responsabilidade e assumindo tal, propondo melhorias.
                Aí já fica a marca dessa participação nos! Mas fomos além, trouxe o documentário “A história das coisas” que alem de mostrar o caos que o consumismo causa a natureza mostra a desgraça que ele trás para as pessoas, alienando, corrompendo e iludindo. Para mim este documentário é chocante, pois os dados apresentados me fazem querer “virar a mesa”, fazer a revolução em 1 segundo, mas me dou conta que a maioria não esta disposta a abdicar de um estilo de vida patético, assassino da produção da vida... então semeamos, como feito aqui...
                Tentei justificar muito do que fiz pela biopolitica, pela lógica de controle da vida que muitas vezes não percebemos sua amplitude. Os textos oferecidos fundamentaram que o meio ambiente é responsabilidade do sanitarista, que precisamos tomar este partido, porém toda vez que via escrevendo algo vinha à ansiedade de mostrar, ou de tentar refletir sobre a biolítica...
                Deixando um pouco Foucault de lado, entramos no segundo modulo, por onde pouco pude transitar (por toda uma questão pessoal vivida no período), mas acompanhei as propostas de construção dos indicadores para a situação da ilha das flores. Achei muito bom os olhares qualitativos e quantitativos discutidos ali, com preocupação do que é importante para aquele grupo, quais os significados e subjetividades ali presentes, como acessar e fazer reais mudanças com aquele grupo.
                As propostas foram profundas e bem discutidas, trazendo a importância, por exemplo, das ONGs e retomando as estratégias políticas ali instaladas. Os fatores eram gritantes e preocupantes, alguns de nos (já formados) trouxeram seu olhar e sua proposta de inserção (ou de ação) para aquela situação o que permite aprofundar nossa capacidade interdisciplinar, que sem sombra de duvida é a melhor forma de conseguir melhorias para os moradores da ilha das flores.
                Depois fomos refletir a iniciativas de enfrentamento nas universidades, na sociedade civil organizada e no Estado. Mais uma vez a reflexão profunda revela a preocupação com negligencia que nossas políticas permitem... Com exemplos da sociedade civil organizada nos permitiram ver que é possível agir e que nem sempre o Estado é quem oferece a opção que a população quer e necessita. O debate na universidade revelou que ainda são enormes as barreiras que separam a universidade da realidade e que isso prejudica não só a formação dos graduandos, mas prejudica toda uma população que poderia sim se beneficiar com bons projetos na universidade... infelizmente o muro ainda é alto e poucos transpassam ele e conseguem enxergar o que existe neste “extra muros”....
                A discussão feita na palestra pouco nos acessou para contribuir nessa discussão, mas foi muito bom ver pessoas de outras áreas discutindo nossa temática, achei o prof. Glauco muito pertinente em sua fala e sua defesa dos alimentos orgânicos abriu uma forte reflexão sobre o que consumimos e porque consumimos... para mim, que me incomodo com isso há muito tempo ver o despertar da curiosidade, e o choque dos colegas foi muito interessante e novamente abre uma porta para o Sanitarista discutir, refletir e lutar!
                 Sintetizando tudo: tivemos uma experiência impar esse semestre, capaz de abrir espaços para reflexões para futuros trabalhadores da saúde e também para cidadãos preocupados com o meio ambiente e com a saúde de toda uma população... Ver essa mudança, nas discussões, foi bem valoroso, estar presente nas atividades integradoras mostrou que toda uma graduação consegue sim, independente do semestre, refletir sobre uma proposta com profundidade e com anseios de aprendizagem e transformação.
                Me sinto muito contemplado com essa proposta aberta que tivemos, onde pude apresentar um documentário que há  muito me acompanha e que sempre quis mostrar para meus colegas...obrigado pelo espaço, pela acolhida e por permitir a semeadura de novos ideais, de defesa pela terra, pela natureza e pela vida!
                Um  grande salve a Saúde Coletiva, em defesa não só do SUS, mas de toda a vida existente!


ai vai o vídeo:

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