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terça-feira, 31 de maio de 2011

Uma boa semana acadêmica!



Tivemos semana passada a terceira edição da semana acadêmica da saúde coletiva da UFRGS. Estou muito satisfeito em ver que as buscas dos organizadores não se limitou apenas a temas focados no currículo do curso, mas passamos por algum temas paralelos, extremamente importantes a nossa formação. Claro, essa é minha visão, nem todos concordam ainda mas creio que concordarão um dia.. hehehehehe
Vou destacar minhas surpresas pelos dias da semana para ficar organizado e claro;
§         2ª: Roda de cura dos fóruns:
Sim isso mesmo, roda de cura. A psicóloga Branca foi fazer algumas atividades em grupo e quando levantou questões sobre as dificuldades encontradas no curso iniciou-se uma GRANDE, TENSA E SAUDAVEL (sim saudável, pois foram postos muitos sentimentos trancados à tona) discussão... Como estou no primeiro semestre não compreendi o quão intenso poderia ser o problema, mas mais importante que o tema foi a possibilidade de expor as feridas que haviam entre alguns colegas....
§         4ª: a saúde unida:
Ah a interdisciplinaridade, para mim uma das palavras mais lindas quando penso em educação (perde para Transdisciplinaridade, mas isso é para outro tópico...). Nesse encontro interdisciplinar ouvimos experiências de colegas (médicos, psicólogos, enfermeiros...) sobre versus e outro programas de saída de campo. “Surtei’ com os relatos, enriqueci o conhecimento e fiquei com o “pé que é um leque” para sair mundo afora aprendendo...
§         5ª: movimentos sociais, discriminação, verdades, mitos e emoções.
O MST sempre é um delicado tema a ser abordado visto que a construção de sua imagem se deu por mídias tendenciosas e contrarias ao movimento. Na 4ª tivemos a participação de uma militante, assentada, que esclareceu muitas duvidas e quebrou muitos preconceitos (assim espero).
Independente de orientação política, de idealismo e desejos pessoais é importante ouvirmos os diversos lados dessas historias pois são pessoas que lutam, que passam frio, que moram na lona que morrem por um pedaço de chão em seu nome. Se isso é tão importante para que se arrisque a vida,  devemos ouvir para entender e aprender.
§         6ª: as infinitas formas de amar.
Apresentação do filme Marie e Max, um excepcional animação. Se gostasse de cereja diria que essa foi a cereja do bolo, como não gosto, digo que foi o chocolate raspado em cima (hehehe)... um filme muito  bonito que tocou o coração de todos que lá estavam e isso pra mim é o que sempre faltou na universidade, SENTIMENTO...falta na universidade, no colégio, no hospital, em casa.
É incabível formar profissionais que ignoram seus sentimentos em prol de ganhar dinheiro, de agir com eficiência, de “crescer” mais rápido. E confesso que a luta para se manter com o coração em dia é árdua...

Obrigado ao idealizador da apresentação do tema, se a semana iniciou necessariamente tensa, terminou, em contraponto, emotiva, amorosa, e tranqüila....

Já diria o professor, amigo, irmão e mestre da ESEF, Mauro Pozatti: “..todos os caminhos que têm coração são sagrados, então, se você perguntar se seu caminho está  certo e ver que tem coração siga em frente”

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Educação no Brasil

 Não tenho muito o que comentar depois do video abaixo..a verdade sincera, nua e crua da educação no Brasil...professores parabéns!




domingo, 15 de maio de 2011

De pernas pro ar!


 Com já dito em um capítulo anterior, realizei uma cirurgia (zinha) e estou andando de muleta há duas semanas. Seguindo recomendações médicas devo caminhar, para melhorar e otimizar a recuperação. Fazer um passeio realmente seria ótimo se as pessoas de Porto Alegre não sofressem de uma “loucura” em certas datas...
No sábado (véspera de dia das mães) fui há um supermercado meramente dar o recomendado passeio e o que vi foi chocante. Acredito que se estivéssemos no ápice do apocalipse, em 2012, as pessoas não se comportariam daquele jeito. Preferi pensar que estava tendo o encontro gaúcho das pessoas sem educação porque se pensasse diferente ia surtar com todos lá!
É inacreditável o nível de estresse que nossa sociedade se impõe (sim, nos mesmos...), havia uma fila, de no mínimo uma hora, para pegar um brinde que não valia absolutamente nada, pessoas correm como loucas com seus carrinhos, batendo nos outros, realizando um ciclo vicioso de “bate-pede desculpa-bate novamente” e eu quase cai no mínimo três vezes por carrinhos e rasteiras nas minhas muletas...

Admiro muito nossos guerreiros que com suas deficiências andam pela nossa cidade enfrentando os incontáveis desafios que são impostos seguidamente! Se no supermercado estava esse caos imaginem o centro da cidade...


Já diria Zeca Baleiro “..lugar de ser feliz não é supermercado

sábado, 7 de maio de 2011

Competências e Incompetências


 “ando devagar porque já tive pressa
e levo esse sorriso, porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe
eu só levo a certeza de que muito pouco eu sei, eu nada sei ...”
(Tocando Em Frente - Renato Teixeira)

Eu nada sei (ou, muito pouco eu sei) pode ser bom modo de fugir de certas perguntas, mas quando perguntam o que eu sei (ou o quanto eu sei) ou quais as minhas competências esta parece ser a melhor resposta que consigo dar. Penso que esta é a única maneira que tenho para me colocar em eterno estado de aprendizagem e assim me lembro o quão pouco eu aprendi e o quão rico é o mundo que me rodeia, desta forma tento enxergar a minha relação com o aprendizado, tento aprender sempre, tento ensinar sempre e trocando, dessa forma, vamos construindo e destruindo...
Não sei se pela formação como professor de educação física (não educador físico) ou por alguma outra formação da vida, mas me vejo como uma pessoa agregadora, gosto de “ajuntamento” para trabalhar, me divirto muito quando consigo ver que um grupo esta muito unido e buscando o mesmo objetivo. Nesse curso espero conseguir um pouco disso, porque quanto maior a troca durante a graduação melhor será nossa formação (com rima e tudo! heheehheh).
E o que espero do curso? Bom, aposto nessa proposta, e creio que muita coisa boa virá com essa formação, as competências a serem adquiridas ou desenvolvidas são muitas e alguns dos professore ja mostram que estou no lugar certo para falar de saúde, educação e mudança!

Tenho certeza que trago ao curso mais do que imagino e menos do que eu gostaria....

Só pra terminar já que comecei com Renato Teixeira termino com mais um pouco da sabedoria do poeta!

“...Cada um de nós compõe a sua história,
e cada ser em si, carrega o dom de ser capaz, de ser feliz.”


 
Pra quem não conhece, nunca é tarde...
http://www.youtube.com/watch?v=mc3hIx90JR4&feature=player_embedded#at=11

quarta-feira, 4 de maio de 2011

24 h e o desfecho de uma “peleia”*!



 Dia 2 de maio consegui, depois de dois anos tentando, realizar uma cirurgia no quadril (o problema até não era grave mas que incomoda incomoda)...
A “peleia” foi braba, primeiro o plano de saúde não cobria a cirurgia, depois um aumento de100% dos custos em dois anos e por ai vão-se as complicações. Mas entre os “causos” conheci um bom medico que conseguiu realizar o procedimento pelo meu plano de saúde, ou seja, quase de graça - quase-...
Fiquei 24 horas no hospital, que experiência!
A experiência de dividir o leito, acredito que seja a mais significava, lá conheci o Sr. S. que estava há 45 dias no hospital (MEU DEUS 45 DIAS!!!) ele já era perito no procedimento, conhecia enfermeiras e técnicas pelo nome e sobrenome. Mas de tudo o que me marca é a solidão que se sente no hospital, se eu em 24 h me senti sozinho lá, imagina ele. Nunca me imaginei tanto tempo (45 dias...) sem andar, sem ver a luz do dia, sem ir ao banheiro, e para ele esta era a rotina. Como profissionais da saúde poderemos pensar em mudanças? Estamos preparados para ver alem do necessário e urgente? Teremos disposição para “pelear” por mudanças? Espero que a resposta seja sim, pelo menos em idealismo!Acho que isso deve ser um conceito a ser repensado na nossa rede de saúde e na nossa sociedade, este hábito esquimó de abandonar os velhos e enfermos, não nos faz bem, frustra os doentes e creio que é um importante ponto no tempo de reabilitação...

Enfim se acabam os devaneios, registro por fim o agradecimento as enfermeiras, médicos, fisioterapeutas, técnicas que me aturaram e que aturam com amor, e muita dedicação os vários usuários do sistema de saúde!


*Peleia: Briga, conflito, confusão