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terça-feira, 9 de julho de 2013

Juremir Machado e a Classe média

Copiei esse texto do Correio do Povo onde o Juremir MAchado faz uma fala sobre a Classe média. Achei Genial e compartilho aos que possam interessar...

Não faz muito, a professora Marilena Chauí, filósofa, militante do PT, comentarista de Spinoza e intelectual engajada, teve um surto de sinceridade. Ela disse sem medir as palavras nem as reações : “A classe média é uma abominação política, porque é fascista, é uma abominação ética porque é violenta, e é uma abominação cognitiva porque é ignorante. Fim”
A classe média acha que tem impunidade no Brasil com as prisões lotadas de pobres. Quer penas perpétuas e, se possível, pena de morte.
A classe média não quer cotas.
Odeia o bolsa-família.
Quer manter prisões infectas.
Gosta da meritocracia como sistema de hierarquia social reprodutor da desigualdade e útil para afagar o seu ego de classe básica.
É sexista.
Não aceita beijo gay em novela.
Fura sinal de trânsito, mas não quer ser multada.
Sonega imposto de renda, mas discursa contra a corrupção.
Corre para comprar o último livro de Dan Brown.
Talvez Marilena Chauí esteja errada.
Não é a classe média que pensa assim.
Ou não é toda a classe média.
É boa parte do Brasil.
O Brasil médio, mediano, medíocre, submisso, cabeça feita por décadas de ditadura, coronelismo, moral e cívica, novelismo global e lacerdismo.
O Brasil é uma abominação.
Uma abominação que se tenta impedir de mudar.

retirado de:
http://www.correiodopovo.com.br/blogs/juremirmachado/?p=4400

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Eu nos atos, os atos em mim..



SOBRE O ATO DE 5ª:
                Contar sobre a quinta-feira merece algumas explicações sobre a o ato da segunda-feira. Na 2ª sai da frente da prefeitura juntamente com um grande “povo” da educação física, após isso me uni ao povo da enfermagem e saúde coletiva. Ao virar a esquina da João pessoa com Ipiranga vi o anúncio da crônica que todos conhecem. Violência desmedida da polícia vi minha companheira em pânico e desesperadamente tentei ligar para minha Irma, incomunicável, pois estava um pouco mais a frente (entre gazes e bombas de efeito moral). Com medo, entramos na lima e Silva e com os corpos cansados e espíritos abalados marchamos ate a perimetral onde conseguimos nos reunir (Irma, Namorada e Eu) e decidimos comer algo, pois estávamos exaustos... Escolhemos o perimetral Lanches onde justamente a cavalaria e o choque decidiram jogar gás e enfrentar violentamente os poucos manifestantes que ainda estavam por ali. Fomos hostilizados das mais diversas formas pelos policias do choque...

Prato que comíamos? Polenta com queijo, seguida por pimenta (ofertada pela policia) e vinagre (ofertada pelos freqüentadores da lancheria que como baratas tontas corriam sem ter pra onde ir).
Esse sucinto relato serve para ilustrar a violência que presenciamos e sentimos durante a segunda-feira.
Ainda antes da 5ª:
                -Terça era meu aniversario, estava dolorido e transtornado... passei um péssimo dia...
                -Retomei a bibliografia do Ghandi que tanto admiro... realmente uma revolução pacifica deveria ser muito mais valorizada...

Sobre a 5ª:
Agora sim tudo claro contarei sobre esse dia:
Sai de casa com medo juntamente com os amigos do prédio e minha Irma, ao chegar La uni o grupo da saúde coletiva e marchamos. Sempre com medo. Olhava para os lados e ficava tentando identificar Neonazistas, P2, Ladrões e todos os que carregam muito violência consigo. Sempre com medo. Marchávamos e ao lado do hospital santa casa já ouvíamos bombas e barulhos de confrontos, como gado caminhamos no brete para o abate. Sempre com medo. Na mesma esquina onde 3 dias atrás vimos o enfrentamento a mesma cena se repetia, diferentemente do outro dia sofremos muito com o ataque, bombas de efeito moral e de gás caíram ao meu lado e vi meus amigos correndo desesperadamente. Acessei minha Raiva, corri contra o choque Chutei uma lata de gás para dentro do Dilúvio, foi chutar outra e escorreguei ao lado... tomei gás por todos os lados, passei mal, vomitei levantei com lagrimas de Raiva, Medo, Ira, Tristeza...
Voltei. Sempre com Medo. Encontrei os vizinhos e minha Irma que decidiram ir para a prefeitura. Não chegamos La, pois ao fim da escadaria da Borges víamos o BOE chegando de todos os lados, cercando as pessoas e o massacre se anunciou... Sempre com medo, voltamos para casa, mais 5 quilômetros a pé se esgueirando pelos cantos...

Casa... silencio...segurança?

O Gigante acordado?



Ah essa expressão, temida entre muito gritada pela maioria é usada na tentativa de justificar o "despertar" do povo Brasileiro. Ora despertar DEFINITIVAMENTE não é estar atento, acho que o gigante acordou e está se espreguiçando lentamente, ainda se encontra na “inicialização do Sistema”...
Participei de seis atos contra o aumento da passagem este ano, os dois primeiros inclusive. O que posso trazer como relatoria é que sim o gigante esta aumentado, mas que em algum momento ele deveria ter limpado os olhos (aqueles velhos hábitos higienistas...). Ver as pessoas marchando num coletivo enorme foi muito bom, mas perceber as intenções secundárias, sorrateiras foi extremamente sofrido.
                No inicio partidos como PSOL e PSTU estavam sempre presentes e achava tudo tranquilo, quando iniciaram os ruídos sobre o não partidarismo confesso que inocentemente fiz certa defesa apesar de colocá-la numa ordem invertida. Acho que deveria ser liberada a participação de qualquer partido e ideologia na causa do “reduzir o aumento da passagem” afinal a causa é comum, porém no decorrer das discussões percebi a inviabilidade dessa comunicação.
                É com muita tristeza que percebo a captura tendenciosa das mídias para mascarar as intenções do protesto na tentativa de confundir as pessoas sobre suas intenções e desejos. A “defesa publica da RBS” assistida durante todos os protestos choca qualquer pessoa que consiga compreender os porquês desta defesa...
                Vivemos em uma cidade onde árvores foram mortas no discurso retrógrado progressista utilizado por algumas pessoas e pelos nossos governantes, onde jovens são espancados e chamados de vândalos por uma policia que defende apenas o interesse privado, onde os ônibus NÃO possuem licitação, onde eu SEI o quanto ganha os donos dessas empresas privadas que fazem o PÉSSIMO transporte “publico”, vivemos em uma cidade onde a cultura foi sucateada para ser privatizada e o pior de tudo: Vivemos em uma cidade que tenta nos fazer acreditar que esse É o melhor lugar do mundo... me desculpem aos que pensam assim mas o melhor lugar do mundo, em minhas perspectiva, deveria ser equânime, dotado de alteridade e respeito pelos cidadãos, de “vontades de construir” com todos e para todos...

...não é o melhor lugar do mundo... O gigante não tem superpoderes se não lavar o rosto, mas se ele abrir seu olho pode ser o melhor lugar do mundo, pois será nosso...

Obs.: não tenho Fotos do acontecido, pois acho muito pouco militante tais registros, tenho sim as sanções de medo da policia, de raiva contra a violência, de ser iludido por um imprensa podre, de ser acolhido por muitos e rejeitado por outros, de não GRITAR e não ser ouvido, do gás no olho, do medo dos familiares, das pequenas conquistas, do poder das ruas tomadas pelo povo...

domingo, 16 de dezembro de 2012

Sobre a Proposta Pedagógica









Inicialmente retomo um pesnamento sobre a dificuldade de fazer trabalho em grupo, infelizmente mais uma vez faço todo o trabalho, porém desta vez não dei créditos aos que não fizeram nada...às vezes é sofrido de mais carregar um grupo nas costas...

ao trabalho e sem choro então...

Observar a proposta política pedagógica de uma graduação é essencial aos alunos, pois viabiliza o entendimento, não só do objetivo de sua profissão, mas o contexto que estudará, o porquê será levado a um modelo formativo ao invés de outro. O curso de Análise de Políticas e Sistemas de Saúde revela olhar diferenciado em sua estrutura e por conseqüência o modelo (ou proposta) de formação à que se propõe acompanha esta ideologia.
            Iniciamos nas competências do curso que refletem a importância da formação crítica, do olhar construtivo, do entendimento da ética, do sistema de saúde e dos processos que envolvem tal sistema. Deste prisma concordamos com a proposta em relação às práticas que percebemos cotidianamente em nossa graduação. Sim, discutimos o sistema, muitas vezes já inseridos em reais situações, transitamos entre a gestão, as políticas de saúde, o controle social, a vigilância, a promoção e educação da saúde com o mesmo objetivo do curso, ou seja, garantir melhoria na atenção da população. Atingimos os objetivos do curso porque ele consegue, em muitos momentos, romper os muros da universidade, e por contato de muitos de nossos professores (sanitaristas conhecidos em toda a cidade, e inclusive na esfera nacional...) somos recebidos nas mais diversas “casas” do SUS, ampliando a formação e divulgando o que estamos estudando.
            As competências gerais tendem a contribuir com a proposta pedagógica e revelam um trabalho dedicado para não deixar faltar nada à formação dos Sanitaristas Graduados. A Atenção da Saúde é discutida desde o primeiro semestre, assim como a tomada de decisão e isto permite ao estudante se deparar com a necessidade da atenção integral em saúde compreendendo as mais variadas questões e refletindo o jogo político instaurado e necessário para as ações do sanitarista serem atingidas (tomadas de decisões...).
            A comunicação é um ponto muito amplo, mas do ponto de vista do SUS o sanitarista pode ser um facilitador desse problema, na graduação, por vezes, percebemos a dificuldade de manter tal conceito... espaços como o fórum mostram a dificuldade na comunicação entre os alunos e outras vezes vemos o mesmo acontecer entre alunos e professores. Concordamos que isto pertence tanto a esfera acadêmica e profissional quanto nas relações pessoais, o que sem dúvida é um complicador. Dando continuidade a idéia da comunicação é fundamental ao sanitarista o conceito de ética para justamente mantê-la (ética e bioética) durante suas ações, não “violando” espaços, idéias e não expondo pessoas.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Do Complexo ao Simples

Em alguns momentos tentamos de todas as maneiras complicar, fazer as coisas do modo complexo, sofrido  visando, talvez, a maldita meritocrácia ou sentimentos de vitória resiliente....por que não FACILITAR? agir pelo simples, pelo orgânico, pelo não sofrido....

Esse é um devaneio, deslocado da proposta do blog, mas me toca ao ver inclusive na UInviersidade a decadência da simplicidade em prol de "floreios"sem sentido....proponho um revolução, o agir simples! porque não?

Esses caras optaram por um caminho simples e ao mesmo tempo é lindo, ouvindo essas "poucas vogais" percebo que por muitas vez o pouco faz o belo....



quinta-feira, 29 de novembro de 2012

...desbravando o duro mundo da Epidemiologia...

EPIDEMIOLOGIA:
hehehe faço uma brincadeira com o encontro e sua produção que ando tendo esse semestre. Duas aulas de Epidemio na semana, e duas surtadas semanais, mas boas surtadas. Uma vantagem é ter aula com a profa. Estela Meneghel que além de ser referência (e apaixonada pelo que faz, o que é importantissimo...), é uma pesso por quem tenho um grande carinho, outra vantagem é que é muito bom correr no coletivo, afinal todos estamos nesse primeiro contato e isso é muito legal...



NO mestrado pude apresentar alguns estudos ecológicos sobre suicídio, tais pesquisas são muito interessantes pois trabalha com grandes populções o que permite uma visão muito ampliada da situação. COmo meu grupo era de pessoas que não se identificam com doenças em suas profissoes, acabamos tambem fazendo uma reflexão sobre os índios guaranis Kaiowás, graças a sensibilidade da profa pudemos alem de tudo discutir esta triste ralidade vivida em nosso país...esta marca mostra realmente a capacidade do sanitarisrta indo de um duro estudo epidmiológico à uma reflexão sobre políticas públicas, cultura, biopoder e outras coisas....

Na graduação tive a sorte de ser acolhido por uma simpática turma que faz um grande esforçço para uma construção coletivo, algo muito bonito de ver! Ali a troca tem sido muito produtiva e estamos conseguindo avanços no conteúdo, agora lidamos com o TABNET do DATASUS, ferramenta fundamental para a busca de indicadores, ou de situações (não só de saude..). Desbravar esse programa tem sido legal e dificil, um polaridade que me agrada pois exige mas cativa! Me sinto feliz por ter gostado de uma área nova, realmente vendo sua funçã e importância e sabendo que ela torna fundamental a função do sanitrista, então vamos fazer registros e vamos utilizar estes dados, constrindo estatiscas, planejando ações e melhorando a saúde do povo!!!

APS, Atenção PRimária em Saúde...

Na upp clube da revista em APS tenho me maravilhado com a produção nessa área.  Os quatro atributos da Starfield (1992) essenciais da APS são interessantissimos para refletir como mlehorar este sistema.

Os quatro são:

 o acesso de primeiro contato do indivíduo com o sistema de saúde;
a continuidade e a integralidade da atenção;
coordenação da atenção dentro do sistema.;


A reflexão que fazemos faz com que eu perceba meu papel como Professor nesse espaço, alem de meu papel como Sanitarista...

indico um "artiguinho" (sem deméritos) muito interessante que li e achei bem esclarecedor, além de ser daqui de porto alegre...

A EFETIVIDADE DOS ATRIBUTOS DA ATENÇÃO PRIMARIA SOBRE A SAÙDE INFANTIL
http://sumarios.org/sites/default/files/pdfs/v18n1_05_efetividadeatrib.pdf